Mulheres: gostava das cores de suas roupas; do jeito delas andarem; da crueldade de certas caras. Vez por outra, via um rosto de beleza quase pura, total e completamente feminina. Elas levavam vantagem sobre a gente: planejavam melhor as coisas, eram mais organizadas. Enquanto os homens viam futebol, tomavam cerveja ou jogavam boliche, elas, as mulheres, pensavam na gente, concentradas, estudiosas, decididas: a nos aceitar, a nos descartar, a nos trocar, a nos matar ou simplesmente a nos abandonar. No fim das contas, pouco importava; seja lá o que decidissem, a gente acabava mesmo na solidão e na loucura.
Charles Bukowski
Tremia em todos os ossos enquanto a língua invadiu a boca
retirando do coração um suspiro intenso. Nunca haviam lhe beijado desta maneira
e uma síncope quase o fez limpar o chão com seu terno novo. Maldita mulher! Maldita
língua a atravessar a secura de sua boca com aquela saliva quente e melada. Maldição
de vida! Tudo que queria era enlaçar sua cintura e dizer : “Let me take care of
you, babe girl”?! Não conseguiu. O veneno tomou conta do seu corpo e desabou em
abraços fortes. Maldito veneno o da paixão a cegar, a corroer, a palpitar os
poros da pele e a embasar os sentimentos. Maldita língua a sugar o que de
melhor e pior poderia sentir. Maldita mulher, “let....”, “take...”. Maldita
boca, língua e saliva que treme, que gagueja, que espalha, que dói, que deseja, que prende... que “my
babe girl...”
My babe girl...
Myyyyyyy babe
girl......
My dear babe girl.....
Bendita seja sua paixão!
2 comentários:
Renata,
vim agradecer a visita!
Seja bem vinda, vou aparecer também por aqui.
abs
Jussara
Bem dizia Geraldo Azevedo: "pra saber vc me dê esse beijo assassino nos seus braços de mulher", hehehehe...
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